quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A grande transição planetária

     O noticiário científico diário apresenta centenas de artigos evidenciando que as mudanças ambientais são graves e estão se acelerando. Esse axioma nos induz a questionamentos provocativos.
Nos últimos vinte anos a revolução tecnológica proporcionou facilidades de consumo e modificou radicalmente nossas relações sociais a partir do momento em que a distância não é mais um impedimento a nada. Hoje o celular e a internet com todas as suas ferreamentas cada vez mais impressionantes possibilitam a troca de informações, dados, imagens, sons, videos em uma proporção muito maior do que qualquer filme de ficção poderia ter ousado prever.
     A velocidade com que novas ferramentas tecnológiocas são disponibilizadas é tão alta que não nos permitiu avaliar as possibilidades e as consequências de tudo isso para a economia global, os ecossistemas globais, a relações humanas, a ética e tantos outros aspectos. É algo tão impactante que se avaliarmos tudo o que foi criado e modificado nas paisagens dos lugares e na vida cotidiana  nesses últimos vinte anos vai além do que tudo que aconteceu na história humana desde início do paleolítico.
     São milhões e milhões e milhões toneladas de recursos retirados da natureza, petróleo, os mais variados minérios, florestas, água, etc. Tudo para manter e aumentar o que acostumeou-se a chamar de desenvolvimento. Esse desenvolvimento resume-se cada vez mais a consumo, consumo, consumo... e na ponta oposta cada vez mais lixo, resíduos, esgoto, efluentes, poluentes...
     O mais grave é que todos os países buscam o desenvolvimento, ou seja, buscam maior produção, maior consumo e o modelo de vida que prevalece no mundo é o estadunidense.
     Em uma velocidade assustadora perde-se o patrimônio genético do planeta com as milhares de espécies que são extintas anualmente, perde-se o patrimônio étnico-cultural do planeta com as milhares de línguas e tradições que são extintas no planeta, tudo de maneira completamente inconsequente em nome do desenvolvimento, da globalização, ou melhor da americanização do mundo.
     Caminhamos a passos largos para a maior crise civilizatória da história da humanidade. Ela é ao mesmo tempo ambiental, econômica, social e cultural. O paradigma dominante do consumo e da visão do mundo e da vida cartesiana e newtoniana será completamente destruído por essa crise. O capitalismo é um sistema completamente insustentável, pois ele desconsidera o sistema Terra (GAIA) como um todo.
     O mercado vive de especulações, mas não existe lei na natureza que aceite especulações... na natureza, assim como no sistema solar, na galáxia e nos grandes conglomerados o que há é a harmonia, a cooperação, ou seja, a lei do amor.
     Fica fácil observar que essas leis da harmonia, da cooperação universal, são completamente desrespeitadas quando existem seres humanos que em pequenos grupos possuem um poder econômico absurdo e bilhões de seres humanos vivem sem nem possuirem o mínimo que garanta a dignidade da vida. Nesse sistema em que vivemos não é possível mudar essa realidade, pois ele é alimentado pelo que é chamado de desenvolvimento, que nada mais é do que a exploração desses bilhões de seres humanos por esses pequenos grupos de poder.
     Mas tudo o que foge da harmoia e da cooperação do Universo deve inexoravelmente passar para a harmonia e a cooperação, e por isso é fato a partir de toda a contextualização colocada até agora que já estamos vivendo a grande crise civilizatória. O universo com suas leis imutáveis reage a todo esse desequilibrio e GAIA nos forçará a mudar. E a sobrevivência da humanidade só será possível se for vivida por todos em harmonia, cooperação, solidariedade, ou seja, só sobreviveremos enquanto espécie se compreendermos a mensagem de Jesus "amar ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas".
     A sabedoria dessas palavras são eternas e imutáveis, pois elas resumem as leis do Universo.
O novo paradigma que nascerá das trevas do consumismo, da exploração, da desigualdade e da injustiça será o paradigma do amor, que fará as futuras gerações construirem o novo mundo.

Um comentário:

  1. Si nos Supostos Humanos chegarmos a conglusao de que perdemos o que realmente somos ESSENCIA. [ESPIRITO]ENERGIA.Tudo perdido. Sermos Capaz De Amarmos Incodiconalmente E Respeitarmos um Aos Outros Sem Esta Gannancia Descontrolada, Talvez Poderemos Nos Salvarmos.Jesus Disse Podes Fazer O Que Faco. Somos Todos Filho De DEUS

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